Monday, August 06, 2007

Silogismos da bananalidade







A glória como acaso genético.

A actual desordem é o inadiável da ordem do futuro.

A liberdade pede à natureza que esta a siga para o abismo.

Ter opiniões inúteis como guilhotinas.

A desdomesticação implica a disseminação, o egoísmo, o nomadismo, etc.

A modéstia na natureza é sempre falsa.

The scale is the viewer.

The landscape is the bloody content.

O crime é afilhado da honestidade.

A justiça é uma indústria débil.

A falsidade da inteligência é melhor que a nobreza dos materiais.

A prolixidade torna-nos infames.

A harmonia é menos um conteúdo do que um descontentamento.

O terror é o pressuposto de qualquer esforço jurídico.

A desarmonia convida ao conformismo ou ao ópio.

Há uma confusão entre a hierarquia do mundo e a das palavras da qual nunca nos iremos desembaraçar.

A história serve para sobrepovoar o vazio do presente.

À força de sermos desordeiros tornamo-nos clássicos.

Como escapar ao totalitarismo do presente?

Pratica-se a retórica da virtude para tornar o deboche mais consequente.

A composição tem estado em estado de decomposição.

As melhores circunstâncias assentam no terror.

As ferramentas desmoralizam-nos.

Teorias que amam cadeiras eléctricas.

O poder exerce-se cada vez mais com um sentimento de falta de espaço – que sufoco!

A virtude é um erro de publicidade.

Estou a usar a telepatia como forma de desmaterializar a arte.

O território invadiu os mapas.

Temo-nos tornado escravos da documentação de actos libertários.

A prostituição divina como finalidade da luta de classes.

A moral é o subúrbio da Doxa.

As opiniões dependem do próximo subsídio.

A grandeza como uma variedade intrigante de mediocridade.

As calamidades são sofistas.

A demiurgia como suicídio. O cadáver de Deus é o mundo.

A natureza está sob a alçada de subtilezas jurídicas.

Uma opinião (Doxa) não se desenvolve, desembaraça-se.

A única tarefa de um governo deve ser a protecção da complexidade.

O mal torna o poder paranóico.

Como acreditar numa liberdade que precisa de subsídios.

A doxa é tanto uma propriedade do visível quanto da enunciação.

A enunciação como Divina Anunciação.

A invisibilidade é um efeito do tempo.

A desobediência social tornou-se uma fantasia de submissão.

Quem incita ao crime combate-se.

A vontade de Deus é Negação atrás de Negação.

A justiça vai ao cabeleireiro porque não se acha opulenta.

A refutação torna as evidências estimulantes.

«Quem insulta Deus louva-o» (Eckhart). Quem o louva insulta-o.

A igualdade é uma calamidade pública.

Temos constatado que os jogos de linguagem se parecem com jogos de linguagem, mas não são jogos de linguagem – o que é que está então em jogo?

Não há liberdade sem excessos.

Os conceitos impõe-se para camuflar o vazio.

A Doxa emerge no fim do strip-tease conceptual.

Ir para o campo pode ser deprimente.

O revolucionário é um tirano que ainda não apanhou a moda.

A demiurgia é dissipação. Só o incriado não se degrada.

Os revolucionários sofrem de insónia.

Sendo a potência diabólica, todos os actos são divinos.

Os casos exemplares são inadequados.

O segredo está na excelência da sorte.

O acaso ajuda a fazer as conjecturas mais agradáveis.

As guerrilhas de libertação são cínicas.

À sobremesa peço sempre uma bananalidade.


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